terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ração

Distraiu-se, e perdido, a contraposto do que se formava
adquiriu mais um vício, o de sonhar.

Despertou-se um lado que não conhecia
conquistara o desejo de amar.

Não sabia ao certo onde pisar
esmagava os flocos de nuvem, não sabia como voar.

E enquanto se questionava a respeito de suas crenças
As visões de um novo futuro, restavam a pairar.

Por mais incrédulo que fosse, sabia que um dia a vida iria tratar de
lhe tirar do marasmo que trazia. Sabia que um dia, ele sorriria.

E quando a saudade apertou, daquilo que não conhecia,
só sabia sentir, quietinho, calado, falando baixinho...

chorava pelos cantos a saudade de um sentimento que nunca deu nome
só sabia como o alimentar, mas a ração tinha acabado pra nunca mais voltar a circular.

2 comentários:

  1. "chorava pelos cantos a saudade de um sentimento que nunca deu nome..."
    lindo isso!

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  2. Achei lindo! Especialmente "E quando a saudade apertou, daquilo que não conhecia,
    só sabia sentir, quietinho, calado, falando baixinho..."

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