quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quando calados.

Quando estamos calados, o mundo desanda.
desacompanha o compasso, marcando o desconcerto.

Atrai em seu campo magnético, a volta do atração
e quando estamos calados, o mundo se solta.

Quando me calo, em mudo, o silencio se sente;
parece preencher o quarto, trazendo lembranças, ou até momentos, difícil de explicar.

Quando te calo, é pra te ouvir sussurrar, brincar com gestos, toques, sentir sem se falar.
Conversar com olhares, os corpos em sinfonia, tudo na perfeita sincronia.

Quando te faço falar, que seja pra dizer apenas o necessário.
Que me ama, e que me quer ao seu lado, seja hoje, seja pro resto da vida.

Quando me calo, é pra não falar besteira, pra não dizer nada além do necessário.
Quando nos calo, é pra entender o que se passa aqui, o que se passa aí, e até o que já passou.

E quando eu falar, apenas ouça o que tenho a dizer.
Muitas vezes não será bom pra mim, mas será pra você.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Chuchu

As vezes eu acho que não vou superar
Seguir em frente, pisar em falso, delirar.

Esperando o ato acabar,
as vezes entro em hiato, esperando o tempo passar.

Consolar-me o conforto que o outro tem pra me dar
esperando mais um ano a tardar.

As vezes me sinto sozinho, como chuchu de feira.
Esperando que larguem o quiabo, pra não me deixar sozinho.

As vezes eu não tenho o mesmo pra falar.
E, as vezes - muitas vezes - só quero esperar.

Que me caia no colo a vontade de rir!
E leve pra longe esse tal de chorar.