terça-feira, 31 de agosto de 2010

À esmo

Quantas vezes me senti sozinho
E quantas vezes, no desespero a luz se afogou.
Quando olhei em volta, só vi a fuga da verdade,
rebelando-se contra a decisão sensata de ser, existir.

Quantas vezes me senti a esmo,
abandonado pela sinceridade que um dia existiu.
Que se apagou com o clarão da profundidade
e se extinguiu apenas por meias verdades.

Quantas vezes vou ter que perguntar a mim mesmo
se a palavra certa pra atribuir amor, é mesmo se transparecer.
Pois já não aguento mais ser translúcido, mostrar a criatividade do ser.
Se a palavra um dia existiu, que fosse na sinceridade de abraçar,
pra dançar a luz de velas a inspiração do luar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ao se perfazer

Era mais um sonho.
Sonho dos quais se acorda em queda, se acaba uma era.
Era mais uma vontade de viver no imenso vazio azul do infinito.
Era mais um acordado, na esperança de sonhar novamente.

Mas não queria sumir, apenas despontar o horizonte.
Era mais um que se atrelava as palavras da verdade.
Sem medo de se perfazer, apenas na conjunção do verbo: completar.

Era mais um, igual a você, porém diferente.
Era o paradoxo da indiferença na vontade de ser completo.
Apenas um outro ideal. O de ser real.