E faz mesmo. Que não conversamos assim, a dois.
Até perdi a conta, os dedos não acompanham mais o raciocínio.
O que se tornou, de fato, uma coisa boa.
Não é preciso forçar o diálogo, ele surge com naturalidade.
É uma conversa de sorrisos, o meu com o teu.
E um diálogo incessante de bocas, a minha contra a tua, mas de modo suave.
Enquanto você sensualiza com essas palavras mudas, eu fico em cacofonia com a falta de ar.
É mesmo uma conversa engraçada, parece nunca terminar.
A sensação térmica é de uns 48º de intensidade cósmica.
Mas acho, sinceramente, que não vá chover.
O dia fechou e já bateu seu ponto, foi embora, foi pra casa.
Mas a lua fica pra nos acompanhar e guardar, o que é mais sagrado entre nós dois.
O tempo que faz que eu não me sinto assim.
como sempre, gostei muito. acho fantástica essa suavidade sempre presente em teus textos. muito bom se identificar com as palavras ditas.
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