segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Faz Tempo

E faz mesmo. Que não conversamos assim, a dois.
Até perdi a conta, os dedos não acompanham mais o raciocínio.
O que se tornou, de fato, uma coisa boa.
Não é preciso forçar o diálogo, ele surge com naturalidade.

É uma conversa de sorrisos, o meu com o teu.
E um diálogo incessante de bocas, a minha contra a tua, mas de modo suave.
Enquanto você sensualiza com essas palavras mudas, eu fico em cacofonia com a falta de ar.
É mesmo uma conversa engraçada, parece nunca terminar.

A sensação térmica é de uns 48º de intensidade cósmica.
Mas acho, sinceramente, que não vá chover.
O dia fechou e já bateu seu ponto, foi embora, foi pra casa.
Mas a lua fica pra nos acompanhar e guardar, o que é mais sagrado entre nós dois.

O tempo que faz que eu não me sinto assim.

Um comentário:

  1. como sempre, gostei muito. acho fantástica essa suavidade sempre presente em teus textos. muito bom se identificar com as palavras ditas.

    ResponderExcluir