terça-feira, 31 de agosto de 2010

À esmo

Quantas vezes me senti sozinho
E quantas vezes, no desespero a luz se afogou.
Quando olhei em volta, só vi a fuga da verdade,
rebelando-se contra a decisão sensata de ser, existir.

Quantas vezes me senti a esmo,
abandonado pela sinceridade que um dia existiu.
Que se apagou com o clarão da profundidade
e se extinguiu apenas por meias verdades.

Quantas vezes vou ter que perguntar a mim mesmo
se a palavra certa pra atribuir amor, é mesmo se transparecer.
Pois já não aguento mais ser translúcido, mostrar a criatividade do ser.
Se a palavra um dia existiu, que fosse na sinceridade de abraçar,
pra dançar a luz de velas a inspiração do luar.

Um comentário:

  1. "Se a palavra um dia existiu, que fosse na sinceridade de abraçar,
    pra dançar a luz de velas a inspiração do luar."
    adorei esse trecho...

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